Eu acredito que existem aprendizados que a experiência nos traz. Os erros são peça fundamental para entendermos de que maneira devemos nos posicionar e como devemos agir na vida. Por outro lado, a gente não precisa aprender só com os próprios erros e acertos. A experiência é importante, mas não precisamos nos prender a experimentar algo para entender como agir.
O que eu quero dizer com isso?
Com terapia e coaching, olhos e ouvidos atentos, a gente consegue absorver vários aprendizados que levamos pra vida. Então, para te oferecer uma oportunidade de reflexão, vou compartilhar as 5 principais lições que eu aprendi nos meus 20 anos de caminhada profissional. Bora?
Leia também – Maternidade e carreira: como conciliar?
1. Tudo muda o tempo todo, mas nós sempre temos escolha (inclusive, não escolher)
Na vida eu sempre disse que não gosto de mudanças, mas isso não é uma verdade completa. Talvez eu tenha tido algumas experiências que foram desafiadoras e vivido transformações que pareciam ruins em um primeiro momento, mas que também trouxeram muitas oportunidades e aprendizados.
Na minha experiência, se abrir para as mudanças, reconhecer e lidar com as minhas emoções foi essencial. Isso me ajudou a fazer as minhas escolhas e a realizar ou viver as transformações na minha carreira.
Ou seja, o mundo gira, uma hora estamos por cima e em outro momento estamos por baixo. As mudanças, muitas vezes, independem da nossa vontade e para toda mudança ou decisão nós temos escolhas e uma consequência direta dessa escolha, inclusive quando escolhemos não fazer nada a respeito.
2. Você não consegue mudar o mundo sozinho
No caso da minha vida, ao mesmo tempo em que eu dizia que não gostava de mudanças, sentia uma necessidade enorme de promover mudanças e melhorias nos lugares por onde passei. Irônico, não?
Mas nessa confusão toda eu aprendi que nós não podemos mudar tudo o que enfrentamos, assim como não podemos nos prender nessa ideia. No fim das contas, nós temos sonhos e ideologias que nos movem e, se não enfrentarmos nada, a chance dessas mudanças não acontecerem e de nos frustramos são maiores.
A lição que fica é que podemos não ter controle sobre as mudanças, mas podemos influenciá-las. Isso quer dizer que, na diversidade, podemos nos posicionar, colaborar e, assim, contribuir para ter bons resultados.
Ou seja, nós somos um grão nesse mundo, mas podemos colocar os nossos sonhos e as nossas crenças em prol de uma mudança colaborativa, mas sempre entendendo que somos uma engrenagem nessa mudança e não a revolução em si.
3. Não existe trabalho ou equilíbrio perfeito
Ao longo desses 20 anos, quebrei o mito de que existe uma carreira única, perfeita para cada um. E o meu processo de autoconhecimento foi fundamental para isso, pois só com autoconhecimento eu tive a oportunidade de identificar os meus diferentes papéis, talentos e todas as possibilidades de carreiras que atenderiam esses diferentes “eus”.
Sim, não somos uma coisa só e não temos uma aptidão única. Somos seres em constante mudança que, em um momento da vida se vê fazendo algo e, em outro momento, se vê fazendo outra coisa ou a mesma coisa somada a atividades diferentes diferentes – e tá tudo bem!
Nessa caminhada, eu compreendi também que não tem como equilibrar todos esses papéis (e não tem uma divisão certinha para cada um), mas existe, sim, a possibilidade de harmonizar esses diferentes lados da minha vida de forma que funcione para mim.
No fim das contas, não existe perfeição em nada: nem na carreira, nem no relacionamento amoroso, na relação com a família… e buscar perfeição só pode gerar um sentimento: frustração. Afinal, vamos passar uma vida perseguindo algo que não existe. Pense nisso!
4. Errar faz parte da vida – e aprender também
Por muito tempo da minha vida eu ouvi que não gostava muito de estudar, que eu não podia errar, e ora eu era punida, ora eu mesma me punia pelos erros que cometia.
Alimentei essas duas crenças por décadas, mas o que descobri foi que não precisamos ter uma postura rígida em relação a nós mesmos e também não podemos ser passivos no processo de aprendizagem. Na verdade, nós aprendemos o tempo todo e os “erros” nos dão uma super oportunidade para desaprender, reaprender e/ou aprender coisas novas.
O importante nisso tudo foi descobrir qual é o meu estilo de aprender. Me abri para diferentes formas de aprendizagem e tive autonomia para me educar do meu jeito. E eu considero que isso foi essencial para que eu ressignificasse a minha relação com o processo de aprendizagem.
5. Sorria, agradeça, e aproxime a sua carreira de quem você realmente é
É possível encontrar um trabalho que seja edificante e que nos faça sentir mais saudáveis e realizados.
Bom, mas para isso, precisamos ressignificar algumas crenças. Ouvimos a vida inteira “Sorria, agradeça e aguente!”, mas não precisa ser assim! Por trás dessa abordagem vem uma exigência de que devemos sofrer aceitar e suportar tudo para evoluirmos na carreira, no emprego e prosperar.
Hoje eu não acredito mais nisso. Só nós sabemos o nosso valor e o quanto investimos em tempo, dinheiro, estudos e sonhos para construir o nosso “eu”. Então, não, se não me atende suficientemente, se não faz sentido, se me faz mal, eu escolho mudar.
Quantas pessoas, inclusive eu, investem em uma determinada carreira valorizando a questão financeira e acabam adoecendo, infelizes e perdidas? A conta não fecha, sabe por que? Porque gastamos boa parte desse dinheiro em medicamentos, viagens – que não são curtidas por conta do stress –, relacionamentos em que precisamos esconder quem somos de verdade, cursos e carreiras que não potencializam nossos talentos, mas fazem com que a gente se compare, e por aí vai.
Na minha opinião, investir no autoconhecimento é essencial para lidarmos melhor com as nossas emoções, reconhecer os nossos talentos e utilizar os nossos recursos e potência para alcançarmos os NOSSOS sonhos, não os sonhos de outras pessoas ou os sonhos que sonharam para nós.
No fim das contas, nós temos as respostas e os recursos dentro de nós, mas estamos condicionados a nos comparar e buscar sempre no externo o que nos falta. Por isso que eu sempre digo que autoconhecimento é a moeda mais valiosa que existe, mas não pode ser comprada, só conquistada.
E aí, gostou dessas lições? Então acompanhe o meu blog porque sempre trago aqui conteúdo relacionado a carreira, saúde emocional e relacionamentos. Bora criar uma rede?
