Sabe aquela sensação de não querer contar pro líder que você está passando por um momento difícil? Pois é, você não está sozinho(a).
A realidade é alarmante: 73% dos trabalhadores admitem que o medo do julgamento e da discriminação é a principal barreira para buscar ajuda profissional. Este dado, revelado pela pesquisa da Caliandra Saúde Mental, ilustra o estigma persistente que envolve as questões de saúde mental no ambiente de trabalho.
O estudo também divulgou que 70% dos profissionais citam o tabu e o sentimento de vergonha como obstáculos para procurar assistência, evidenciando uma cultura corporativa que ainda não abraçou plenamente a importância do bem-estar psicológico.
O desgaste, o cansaço e o estresse são apontados por 49% dos trabalhadores como os desafios de saúde mental que mais impactam seu desempenho profissional. E essa é uma realidade que eu também observo com frequência na clínica, a partir de queixas de colaboradores cada dia mais exaustos.
A reclassificação do burnout pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença ocupacional em 2022 é um sinal de alerta sobre a urgência de abordar o assunto de maneira mais assertiva, validando as experiências de inúmeros profissionais e colocando uma responsabilidade clara sobre as empresas para prevenir e gerenciar este problema. Aproveito a oportunidade para propor algumas reflexões às organizações:
• Vocês realmente sabem como seus colaboradores estão se sentindo?
• Quantas vezes priorizaram metas em detrimento da saúde da equipe?
• Existe um canal seguro e confidencial para os colaboradores buscarem ajuda psicológica?
• Como os líderes estão sendo preparados para lidar com questões de saúde mental na equipe?
• Como os líderes estão sendo cuidados e incentivados a cuidar de suas saúdes mentais?
São perguntas difíceis, mas essenciais para entendermos o papel das empresas nos cuidados com os seus colaboradores. Afinal, um ambiente de trabalho saudável é responsabilidade de todos, mas começa com ações concretas dentro da própria empresa!
Ao reconhecer e abordar de maneira proativa os desafios de saúde mental, é possível melhorar significativamente o bem-estar dos colaboradores, impulsionando a inovação, a produtividade e o engajamento. É hora de transformar o diálogo em ação e criar ambientes de trabalho que verdadeiramente nutram e apoiem a saúde mental de todos os stakeholders.
Para encerrar, trago algumas outras questões: Como sua organização está abordando a saúde mental dos colaboradores? Quais iniciativas têm sido mais eficazes?
Vamos continuar a conversa nos comentários?
Compartilhe uma ação que você gostaria de ver na sua empresa para promover a saúde mental. Quem sabe sua ideia não inspira outras organizações!